domingo, 23 de outubro de 2011

Portal GHQ- (FLiQ 2011) Flashes da FLiQ: Dia 1


A amiga/artista Milena Azevedo esteve presente na FLiQ desenvolvendo várias tarefas: Organizando o evento, ministrando oficinas, atendendo o público, autografando a sua revista mosaico e além disso cobrindo o evento para o portal GHQ e sorteando prêmios para os seguidores do portal no Twitter que souberem responder as perguntas que ela fez (entre outras tarefas). Pois é! Milena trabalhou pra caramba no evento e fez o registro diário da FLiQ através dos seus flashes. Deixo por aqui o registro do 1° Dia e convido aos leitores deste infame blog a fazerem uma visita ao Portal GHQ neste endereço eletrônico: http://ghq.com.br/. Aguardem mais novidades sobre a FLiQ neste infame blog, pois Milena registrou sobre os 5 dias e ela e Gabriel Actraiser não foram os únicos amigos/artistas a cobrirem o evento.


Nesse primeiro dia da FLiQ, já começamos com o pé direito. Bastante gente apareceu pra ver o Spacca e o José Aguiar, além de conferir o trabalho dos quadrinistas potiguares.

Logo pela manhã, Spacca, José Aguiar e eu fomos entrevistados pela Tribuna do Norte e pelo Novo Jornal, dois grandes periódicos de Natal. Entre o assédio inicial da imprensa, eu pude conversar um pouquinho com os dois, e também com a Ana, simpática esposa do Spacca, que já conhecia Natal, mas ficou admirada com o crescimento da cidade dentro de apenas dez anos.

Spacca confessou que é um apreciador do cordel e da xilogravura, e mostrou interesse em conhecer os trabalhos dos quadrinistas potiguares, já de olho na capa de uma antiga Maturi, com o especial sobre Jesuíno Brilhante, feita por Emanoel Amaral (ele e o Aguiar até pensaram que o traço era do Watson Portela).

Spacca também contou como foi o processo de apresentação do projeto do álbum Santô e os pais da aviação para a Cia. das letras, e me relatou que antes de fazer a adaptação do Jubiabá, ele propôs à Cia. das Letras adaptar Capitães da Areia, também do Jorge Amado. Bom, a adaptação do Capitães não vingou, mas ele recebeu uma contra-proposta recente para adaptar Teresa Batista Cansada de Guerra. A gente também conversou um pouco sobre a adaptação para o cinema do Capitães, pela neta do Jorge Amado, Cecília. E, por fim, ele me disse que foi convidado pelo Festival de Amadora, em Portugal, e por isso só poderá ficar na FLiQ até quarta-feira.

No início da tarde, começou a sessão de autógrafos com os dois quadrinistas convidados, mas tivemos a infeliz surpresa de que a transportadora atrasou o envio dos álbuns do Spacca à Cooperativa Cultural da UFRN, com a chegada agendada para quarta ou quinta-feira, apenas. Spacca gentilmente autografou meus três álbuns (fazendo sketches maravilhosos) e fez sketches em papel ofício para os leitores que apareceram, aproveitando para conversar com eles também. Já o Aguiar foi “salvo” pelos meus últimos exemplares do Quadrinhofilia e do Folheteen. Quem comprou, saiu com um sorriso largo no rosto. Hoje à noite ele estará lançando e autografando o Vigor Mortis Comics, no estande dos quadrinistas potiguares. É a chance pra quem não pode comparecer ontem à tarde. Ressalto aqui a presença do quadrinista cearense André Dias, que veio conferir a FLiQ e trouxe seu belíssimo álbum Conversa de Rei para presentear Spacca e Aguiar.

Pontualmente às 15:00 horas, Aguiar se dirigiu à Tenda 1 para ministrar a oficina ABC da HQ. Algumas pessoas fizeram a inscrição na hora e acompanharam a oficina, na qual o Aguiar conversou bastante com os participantes, mostrou vários trabalhos seus, desde o esboço até a arte-final, detalhando o processo de produção, mostrando as nuances da diagramação das páginas, dos enquadramentos, dos ângulos, do tratamento das onomatopeias. E ao fim os alunos fizeram uma HQ coletiva de dez páginas.

Paralela à oficina do Aguiar, ocorreu a primeira sessão de animes, com o público otaku já se aglutinando, mas também atraindo muitas pessoas que ainda não conheciam os desenhos animados japoneses.

Antes das 17:00 horas, a criançada e os professores já se aglutinavam à frente do auditório, à espera do encerramento da sessão de animes, para conferir a primeira palestra da FLiQ, que contou com uma premier do curta de animação O RN na rota de Cabral, produzido por Lula Borges. Lula detalhou todas as etapas do processo da produção da animação e ainda apresentou o game que ele fez em conjunto pra divulgá-la, contando com a presença de um dos dubladores. O pessoal aprovou.

Em seguida, quem falou aos presentes foi a Prf. Alessandra Ferreira. Para ambientar o público, ela exibiu um trecho da animação D. João no Brasil. Alessandra contextualizou a obra do Spacca (D. João Carioca, que deu “origem” à referida animação) e relatou a experiência que teve com alunos do sétimo ano do ensino médio, tanto em utilizar as histórias em quadrinhos e animações na sala de aula, como passar a produzir as primeiras HQs com eles. Spacca estava na plateia e parabenizou Alessandra pelo trabalho que ela vem desenvolvendo.

Sem delongas, Spacca já iniciou sua fala aproveitando para desenhar alguns personagens de seus álbuns. O choque veio ao constatar que haviam repassado a ele uma caneta pilot permanente. Como Spacca não conseguia apagar o desenho, Ivan Cabral (do GRUPEHQ) sugeriu que o quadro fosse dado a ele. Resolvido o problema com a chegada do álcool (sim, eu deixei o quadro branco quase tinindo), Spacca continuou desenhando, e a cada desenho ele mostrava que seu trabalho ao retratar Santos Dumont, D. João VI, Debret, por exemplo, foi encontrar o tom certo para caracterizá-los; e ele só achou ao estudar a personalidade, a vida e os trejeitos de cada um. Numa palestra com participação ativa da plateia, sedenta por fazer perguntas, Spacca optou por prosseguir sua fala respondendo os questionamentos que lhe iam sendo feitos. E vale salientar que na plateia estavam, além de Ivan Cabral, outros membros do GRUPEHQ, como Márcio Coelho, Gilvan Lira e Luiz Elson. Sem contar que os chargistas e quadrinistas compareceram quase que em peso, estavam lá Brum, Wanderline, Marcos Guerra, José Veríssimo, Beto Leite, Leander, Cristal, Dickson Tavares, Joseniz, Marcos Garcia… Quando o relógio marcou alguns minutos além das 20:00 horas, a palestra foi encerrada e a tietagem teve início, com sessões de fotos e autógrafos.

Para encerrar o primeiro dia de atividades, fiz as três perguntas da promoção do Portal GHQ e constatei que pouquíssimos amigos e colegas potiguares leem a nossa revista eletrônica. Quem acertou mais da metade das perguntas foi o Márcio Coelho (só não soube dizer o sobrenome da Ulli Lust) e, mesmo ele não tendo twitter, levou o último exemplar de Quadrinhofilia e já saiu do auditório com seu devido autógrafo + sketch.

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