segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Luz nas Trevas- Meio-que-em-off #3



A série Luz nas Trevas é uma grande história sombria e iluminada ao mesmo tempo. A história é composta por uma série de histórias fechadas aparentemente sem conexão entre os personagens, mas no decorrer da série irão ocorrer ligações entre histórias e personagens. A história não é focada em um personagem fixo, mas alguns personagens podem aparecer em mais de uma história, não necessariamente a história seguinte. São histórias curtas, longas, individuais ou em série apresentando variados gêneros de histórias (cotidiano,terror, noir, ficção científica... tem até comédia romântica).  Hoje irei falar do processo criativo da história Você só vive se escuta as batidas do seu coração da série Luz nas Trevas. A história possui roteiro de Joseniz (aka eu mesmo) e arte de Jefferson Dênis e foi publicada no dia 16 de Janeiro de 2015 neste infame blog.

Joseniz (O Autor em Crise) e Jefferson Dênis em 2010

Desde 2010 que tenho conversado com o músico e desenhista Jefferson Dênis à respeito do Luz nas Trevas. Ao longo destes 5 anos pelo menos dois projetos de histórias foram trabalhados mas não seguiram adiante antes de surgir a história da banda. A história da banda foi algo que idealizei por volta de 2013 para que Jefferson Dênis desenhasse livremente de acordo com o que eu conheci de sua arte e acompanhando o seu ritmo de trabalho. Como devem saber, no Luz nas Trevas alguns personagens aparecem mais de uma vez e a história da banda foi idealizada desde o início como uma série. Neste momento, a minha intenção inicial é apresentar cada um dos integrantes desta banda e um pouco do mundo onde vivem.


Estudos de personagens da banda (Jaciara, Guilherme e Tsuki) feitos por Jefferson Dênis

Para isso elaborei uma série de 5 histórias iniciais apresentando cada um destes personagens e Você só vive se escuta as batidas de seu coração é a primeira história. A batida se refere tanto à batida musical como a o pensamento de que existem pessoas que estão vivas mas não se sentem assim (ou seja não escutam o seu coração e se sentem vivas). A primeira personagem apresentada aos leitores é a Jaciara. E como acabei de explicar, ela era uma destas pessoas que não se sentia viva e precisava se encontrar. Aqui também conhecemos Guilherme e Tsuki (por foto) e vemos um pouco da ligação forte entre os três. Aliás, todos os personagens da banda estão ligados fortemente como uma família ou amigos de infância. São pessoas com visual, personalidade e habilidade musical bem distintos que possuem como elo que os une o seu gosto por música e tudo o que vivenciaram quando formaram a banda.

 Storyboard inicial feito por Jefferson Dênis

Jefferson Dênis possui identificação total com a série de histórias da banda já que o autor também é músico (apesar de se dedicar mais ao desenho atualmente). E, a cada história, tem se esforçado muito para apresentar seu melhor em cada página. A respeito do processo de desenho, Jeff buscou muitas imagens de referência mas, no final das contas, o desenho saiu mais como uma imagem intuitiva. As referências no caso, servem mais para dar consistência ao que já foi feito com a imagem intuitiva e também para trabalhar melhor as expressões dos personagens.  Dênis visualizou os personagens como brasileiros que moram em Natal e escolheu a Praça Vermelha (conhecida como Praça André de Albuquerque localizada no centro da cidade) como cenário para primeira história da banda. Com tudo definido, Jefferson elaborou um storyboard à partir do roteiro apresentado colocando ali não apenas personagens e ambientes mas, também toda uma vivência do que é ser músico e tocar em uma banda. São estas coisas que tornam a arte do Dênis especialmente pessoal para esta história. Jeff já possui um traço próprio e é isso o que facilitou seu processo de arte-final em seu trabalho no Luz nas Trevas. Pouca coisa foi alterada na versão final da história e o Dênis curtiu muito o resultado em seu primeiro painel pela sua dinâmica. Esta HQ iria ter um trabalho com tons de cinza mas, isso foi impossibilitado devido à incompatibilidade do programa que reduziu drasticamente a qualidade da arte. Com toda a arte pronta, as artes em papel A3 foram escaneadas(obrigado pela intervenção Deus Ex-Máquina Marcos Guerra), baloneadas e letreiradas. E é isso! Outras histórias da banda devem surgir futuramente e vocês conheceram o processo da primeira história. Espero que tenham curtido e até o próximo meio-que-em-off.

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