segunda-feira, 9 de março de 2015

Luz nas Trevas- Meio-que-em-off #5



A série Luz nas Trevas é uma grande história sombria e iluminada ao mesmo tempo. A história é composta por uma série de histórias fechadas aparentemente sem conexão entre os personagens, mas no decorrer da série irão ocorrer ligações entre histórias e personagens. A história não é focada em um personagem fixo, mas alguns personagens podem aparecer em mais de uma história, não necessariamente a história seguinte. São histórias curtas, longas, individuais ou em série apresentando variados gêneros de histórias (cotidiano,terror, noir, ficção científica... tem até comédia romântica).  Hoje irei falar do processo criativo da história Um Mundo de Luz da série Luz nas Trevas. A história possui roteiro de Joseniz (aka eu mesmo) e arte de Leander Moura e foi publicada no dia 6 de Março de 2015 neste infame blog.

Joseniz Moura e Leander Moura (não somos parentes)

Esta história foi criada como uma série de histórias e eu considero a mais impressionante de todas no sentido artístico da palavra. Nesta primeira história, vemos o pintor em um de seus momentos mais iluminados falando sobre pintura. Evidentemente o Impressionismo representado por Claude Monet e a "impressão: nascer do sol" são referências claras nesta história. A arte do Leandro foi fiel a idéia da história pois além de ter uma boa narrativa ela seguiu uma linha impressionista tornando as duas páginas uma pequena obra de arte. Não falo só da pintura, mas de como toda a sua execução bem planejada tornou esta história algo único dentro do Luz nas Trevas. Leandro quis passar bem a idéia dos dois lados da mesma moeda luz/trevas. Para realizar a arte Leander, a partir do roteiro, realizou um storyboard a lápis da história. Em seguida, iniciou a pintura da história tendo como referência o impressionismo. Com esta etapa finalizada, Leander continuou com o processo de pintura, só que desta vez digitalmente. Finalmente com a com os arquivos digitais da arte enviados por Leander cuidei do letreiramento e finalização da história.

 Esboço a lápis das páginas 1 e 2

Arte da primeira página da história

Monet, a grande referência dos autores para esta história

E aqui a pintura das duas páginas finalizada

Leander gostou do pintor e extrapolou na arte dessa história. Uma das coisas que curto neste trabalho é a metalinguagem presente na história onde usamos arte para falar de arte.  Note na segunda página que o primeiro quadro lembra uma fotografia e não as pessoas em tempo real. No segundo quadro Leander esfumou a imagem do quadro e os distanciou da cena e no último vemos o casal partindo. Leandro quis fazer algo diferente, algo nostálgico, pensar nas possibilidades de um artista em ascensão mas com a ternura da família. Isso traz uma grande proximidade e familiaridade com o personagem. Percebam também como ele usa a luz e as trevas na narrativa desta história. Até o momento esta é a história mais iluminada que passa aquela sensação de se sentir bem após a leitura. Existe mais coisa a se falar da arte do Leandro mas, deixo que os leitores deixem as suas próprias impressões. Esta é apenas uma pincelada na vida do pintor que forma um grande quadro à medida que acompanharem as histórias. Espero que tenham curtido e até o próximo meio-que-em-off.

 

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